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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Novo caso a tratar. HTLV-1

HTLV-1 - Inicie a reabilitação de uma paciente, na qual apresenta este vírus. Por conta dele, houve paralisia dos membros inferiores, com perda da força muscular. Levando-a ficar cadeirante.
Este vírus foi descoberto na década de 80. 98% dos pacientes afectados são assintomáticos. No entanto, com o passar dos anos, vão aparecendo sintomas, como fraqueza muscular, dor nas pernas, e até mesmo dificuldade para andar.

È um caso curioso!

" Farei com ela pelo menos esboça alguma contração muscular de ínicio com o uso do FES ( estimulação elétrica funcional)em MMII , e uso da FNP ( Facilitação neuromuscular proprioceptiva) , manter a força dos membros superiores com carga e exercício para manter a postura sentada e em pé mais adiante". Thais Pinho

13/04/11 - Comecei a reabilitação. Consegue mover levemente os pés e realizar abdução e adução. Não tem sinal de babinski, possui pouco amplitude de movimento e uma leve espasticidade em todo MMII- + no E. Tem sensibilidade em todo membro.

26/04/11- Após 4 sessões de fisioterapia, obteve resposta motora, conseguindo levantar levemente a perna esquerda ( contração do m. quadríceps) . Mantendo resposta motora no inicio mais acentuada.

03/05/11- Apresentou hoje, um aumento de força em membros inferiores, na posição de supino já conseguindo puxar as pernas. Iniciando rolar na cama. Mantendo exercícios de ponte, exercícios isométricos e passivos em MMII. Exercícios respiratórios, e resistidos em membros superiores ( MMSS), mobilização mantendo a amplitude de movimentos. Ficando sentada na cama, com os pés fora a 90° posicionados, realizei kabat para fortalecimento de tronco.

09/05/11 - Aumento progressivo de força em MMII, principalmente na perna esquerda, realiza na posição sentada extensão de perna E ( ganho de força no m. quadríceps). Melhora da espasticidade. Mantendo os exercícios acima na posição sentada. Ganho de força em tronco com uso da FNP. Melhora da auto-estima.

26/05/11- Hoje conseguiu ficar sentada na cama sem encosto, boa recuperação do equilíbrio que estava bem debilitado. Mantendo exercícios acima e trabalhando padrões respiratórios.


+ Dia 12/08/11. Após ter sido internada com dificuldade respiratória, foi entubada , permanecendo em coma.
Infelizmente veio a falecer. Após tanto sofrimento aqui na terra, que o Nosso Glorioso Deus a conceda em paz!

Quais os casos que merecem tratamento ?

Resposta: Os casos onde existem sintomas comprovados de doença associada ao HTLV-I, como paraparesia espástica tropical (TSP), uveíte, ATL, entre outras. O tratamento irá depender de uma avaliação neurológica, assim como estadiamento do grau de comprometimento, tempo de evolução, presença de outras infecções virais etc.



Paraparesia Espástica Tropical - Mielopatia
associada ao vírus HTLV- I: possíveis estratégias
cinesioterapêuticas para a melhora dos padrões
de marcha em portadores sintomáticos.

Introdução: A Paraparesia Espástica Tropical/Mielopatia (PET/MAH) é uma complicação crônica e progressiva
associada à infecção pelo vírus HTLV-I, que além de outras afecções, ocasiona um processo inflamatório medular,
predominantemente em seus níveis baixos, devido à invasão desorganizada dos linfócitos T modificados. Devido
à escassez de pesquisas em Fisioterapia voltadas para a PET/MAH, o presente artigo de revisão visa adaptar
abordagens em relação à reabilitação motora, com suas respectivas justificativas teóricas. Desenvolvimento:
Um dos aspectos mais limitantes da doença está na fraqueza e espasticidade dos membros inferiores, com
comprometimento da funcionalidade da marcha, podendo em alguns casos confinar os pacientes à cadeira de
rodas. Através de uma análise detalhada da fisiopatogenia dos sintomas, acredita-se que condutas fisioterapêuticas
podem amenizar as seqüelas neurológicas e promover uma melhora da qualidade de vida dos indivíduos
acometidos. Conclusão: A fisioterapia, baseada nas fundamentações teóricas propostas, parece ser eficaz na
recuperação funcional dos pacientes com PET/MAH.

REVISTA NEUROCIÊNCIAS V14 N3 - JUL/SET, 2006


Indivíduos contaminados pelo vírus HTLV-I portadores
de PET/MAH apresentam alterações fisiopatológicas
crônicas que comprometem progressivamente a independ
ência funcional, principalmente a deambulação.
Programas de exercícios específicos que busquem
adequação do tônus, aperfeiçoamento da flexibilidade
e da amplitude de movimento, fortalecimento muscular
e melhora do controle postural são úteis na recuperação
funcional motora desses indivíduos. Tais programas
favorecem a independência funcional, minimizam complica
ções secundárias e dificuldades decorrentes da
mobilidade deficiente, compensam a perda da função
e maximizam a qualidade de vida do sujeito. Esse ponto
constitui grande desafio para a Fisioterapia, o que refor
ça a necessidade da realização de novos estudos.

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